Pesquisar este blog

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Esteroides anabolizantes


Os esteroides anabolizantes androgênicos, popularmente conhecidos como “bombas” são otimizadores de trabalho, o que significa dizer que eles aumentam ou melhoram algumas funções do organismo, como, por exemplo, a absorção de proteínas, a oxigenação sanguínea e o armazenamento de energia, resultando em aumento de força, resistência, massa muscular e massa óssea. Os esteroides basicamente são compostos pelo hormônio testosterona e seus derivados (mutações), que podem ser produzido naturalmente pelo organismo ou podem ser manipulados em laboratório.
A título de esclarecimento, o termo “esteroide” refere-se à ‘estrutura química do hormônio’, “anabolizante” significa ‘crescimento’ e “androgênico” significa ‘características sexuais masculinas’.
Os esteroides em sua grande maioria são vendidos em cartelas para serem administrados via oral ou em ampolas para serem injetados. Esteroides são medicamentos controlados, o que significa dizer que não é tão fácil encontra-los no mercado negro, sendo assim, uma imensa porcentagem dos esteroides comprados ilegalmente são falsificados. Os que se dizem ‘especialistas’ no assunto e tem até pequenas farmácias em casa para aplicação clandestina determinam um período e uma dosagem para cada esteroide, denominada de ‘ciclo’.
Quando vemos alguém com muita massa muscular que admite ser usuário não podemos atribuir todo o sucesso dele apenas ao uso de esteroides, uma vez que outros fatores são muitos importantes para o aumento da massa muscular, mas é inegável que os esteroides promovam resultados na maioria dos casos, em contrapartida o preço a ser pago por isso pode ser maior do que o valor da ampola. Nos homens as consequências podem ser desde problemas simples como febre, dores de cabeça, insônia, acne, retenção de líquidos, alterações do humor, até problemas muito mais sérios como atrofia dos testículos (perda de função), ginecomastia (aumento dos mamilos), pressão alta, aumento de colesterol ruim, calvície, lesões no fígado, lesões de ligamentos e tendões (devido ao aumento repentino da força). Nas mulheres podem ocorrer os mesmos problemas, a não ser pela diminuição dos seios ao invés do aumento, além de irregularidades menstruais, hipertrofia do clitóris e desenvolvimento de características masculinas como aumento pelos no corpo e no rosto e engrossamento da voz. Sem contar o risco que ambos correm em adquirir alguma infecção ou doença devido à falta de higiene, aplicação e manipulação incorreta.
“Então, porque os esteroides anabolizantes existem se são tão condenados por seus efeitos nocivos à saúde?” O que é uma boa pergunta, porque se eles existem é porque alguém precisa deles. Eles são usados no tratamento de algumas doenças como a perda degenerativa de força e massa muscular, deficiência na produção de hormônios reprodutivos, alguns tipos de anemia, no estágio avançado do câncer de mama, na osteoporose, no tratamento de queimados, em algumas deficiências de crescimento, entre outras.
De qualquer forma, cabe aos profissionais da área da saúde orientar para os riscos do uso dessas substâncias. Quem indica o uso de esteroides anabolizantes indiscriminadamente está brincando com a vida e ainda destruindo a imagem de uma classe de profissionais que ter por principal objetivo social zelar pelo estilo de vida saudável. Portanto, você que almeja um corpo bonito e saudável de verdade, procure um profissional habilitado, que irá ajudá-lo da melhor forma possível. O processo é lento e contínuo, não existem milagres, sempre desconfie de quem oferece resultados rápidos. E lembre-se que, quem comercializa ou aplica qualquer tipo de esteroide anabolizante está cometendo um crime de acordo com o código penal brasileiro, artigos 278 (venda de substâncias nocivas à saúde) e 282 (falso exercício da medicina).
Os usuários de esteroides não são apenas o tipo de pessoa que você formou na sua mente enquanto lia essa matéria, eles podem ser pessoas comuns e estarem mais perto do que você imagina.

domingo, 15 de maio de 2011

Alongamento na musculação

É muito comum entrar em uma academia e se deparar com pessoas realizando alongamentos antes e/ou após um treino de musculação, porque essa conduta faz parte de uma cultura enraizada na mente da maioria das pessoas, sejam elas profissionais da área, praticantes ou entusiastas, que atribuem ao alongamento a capacidade de aprimorar o desempenho e prevenir lesões.
Bom, se levarmos em conta que a musculação deve ser feita com uma intensidade moderada para que hajam adaptações, o alongamento pode gerar duas situações: 
A primeira é a possibilidade de lesionar a musculatura ao alongar-se antes do treino, não durante o alongamento, mas sim durante a musculação, pelo fato das fibras musculares já estarem saturadas por conta do próprio alongamento.
A segunda é a perda de força muscular, pois músculos previamente alongados não tem a capacidade de recrutar todas as suas unidades motoras (responsáveis pela geração de força).
Da mesma forma que o César Cielo aquece nadando, que o Neymar e o Giba aquecem batendo bola, o ideal antes de iniciar uma sessão de musculação é apenas aquecer, nos próprios aparelhos. Para tanto, o indicado é colocar metade da carga que será utilizada no primeiro exercício (de preferência multi-articular, como o leg ress, remada, supino, etc...) e realiza algumas séries de 15 à 20 repetições. 
E o alongamento nunca deve ser feito? Sim deve, pois tem os seus benefícios, mas o que deve ficar claro é que alongamento é uma forma de atividade que tem como objetivo promover o ganho de flexibilidade enquanto a musculação é uma forma de atividade que tem como objetivo o ganho de força, ou seja, são atividades diferentes com objetivos diferentes que devem ser treinados especificamente em sessões separadas.

p.s.: O texto é embasado em referências bibliográficas, caso alguém se interesse, favor entrar em contato.

domingo, 8 de maio de 2011

Abdominal emagrece?

E se eu te perguntasse: Caminhar emagrece?
Muito provavelmente a resposta da maioria seria que sim. Sendo assim, vamos pensar um pouco: Primeiro precisamos saber que para emagrecer deve-se perder calorias, ou seja, gastar energia. Seguindo esse raciocínio, hoje em dia sabe-se que em uma caminhada de meia hora são gastas em média 250 calorias que é o mesmo número de calorias gastas em uma sessão de meia hora de exercícios abdominais, dessa forma, tendo como ponto de vista o gasto de energia (perda calórica) os exercícios abdominais pode auxiliar no emagrecimento, porém, o erro está em pensar que só porque o abdômen está sendo exercitado, a gordura localizada em torno dele está sendo magicamente derretida, pois não é assim que funciona (nem no abdômen, nem em nenhuma outra parte do corpo), portanto, não tem diferença se a sessão de meia hora for realizada apenas com exercícios abdominais ou se for realizada com exercícios mistos para diversas partes do corpo, com o tanto que gerem um gasto calórico de 250 calorias, um outro exemplo seria varrer o chão por uma hora e meia onde seriam gastas as mesma 250 calorias. 
A título de esclarecimento, os exercícios abdominais podem ser realizados de diversas maneiras, intensidades e para diferentes fins, mas isso é assunto para outra oportunidade. 
Lembrando que esses dados são reais, mas foram usados apenas para exemplificar, cada corpo responde de uma forma aos estímulos recebidos nas atividades físicas, dessa forma, para um treinamento seguro e com resultados é necessário muita disciplina e acompanhamento de um profissional qualificado.