É muito comum entrar em uma academia e se deparar com pessoas realizando alongamentos antes e/ou após um treino de musculação, porque essa conduta faz parte de uma cultura enraizada na mente da maioria das pessoas, sejam elas profissionais da área, praticantes ou entusiastas, que atribuem ao alongamento a capacidade de aprimorar o desempenho e prevenir lesões.
Bom, se levarmos em conta que a musculação deve ser feita com uma intensidade moderada para que hajam adaptações, o alongamento pode gerar duas situações:
A primeira é a possibilidade de lesionar a musculatura ao alongar-se antes do treino, não durante o alongamento, mas sim durante a musculação, pelo fato das fibras musculares já estarem saturadas por conta do próprio alongamento.
A segunda é a perda de força muscular, pois músculos previamente alongados não tem a capacidade de recrutar todas as suas unidades motoras (responsáveis pela geração de força).
Da mesma forma que o César Cielo aquece nadando, que o Neymar e o Giba aquecem batendo bola, o ideal antes de iniciar uma sessão de musculação é apenas aquecer, nos próprios aparelhos. Para tanto, o indicado é colocar metade da carga que será utilizada no primeiro exercício (de preferência multi-articular, como o leg ress, remada, supino, etc...) e realiza algumas séries de 15 à 20 repetições.
E o alongamento nunca deve ser feito? Sim deve, pois tem os seus benefícios, mas o que deve ficar claro é que alongamento é uma forma de atividade que tem como objetivo promover o ganho de flexibilidade enquanto a musculação é uma forma de atividade que tem como objetivo o ganho de força, ou seja, são atividades diferentes com objetivos diferentes que devem ser treinados especificamente em sessões separadas.
p.s.: O texto é embasado em referências bibliográficas, caso alguém se interesse, favor entrar em contato.
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